Como é que se passa de bebé linda de morrer a "isto"? Eu juro que não entendo o que vai na cabeça de Angelina Jolie e Brad Pitt e garanto-vos que não tem nada a ver com preconceitos. A verdade (e eu sei o que digo) é que os primeiros anos de vida são a base fundamental para a formação da personalidade e é durante estes que a criança interioriza as principais características psíquicas do seu "eu" futuro, a sua forma de pensar, de agir e de se comportar em sociedade. Portanto, esta é uma questão que me preocupa. Dizem os pais "ah, que não queremos interferir no caminho dela", "ah, que é errado ditarmos o destino dos filhos" e eu respondo: T-R-E-T-A-S! Porque os pais são uma influência fundamental no desenvolvimento das crianças e ao permitirem que a Shiloh se vista assim como um rapaz estão a fazê-la interiorizar todos os padrões comportamentais de um menino. E interferem, claro está...porque daqui a uns tempos ela vai achar que é "errado" sentir-se uma menina e aquela cabeça vai ser um turbilhão de conflitos. Depois admiram-se que eles caiam nas teias da droga e coisas do género. Ela também pode revoltar-se e ficar podre de gira na adolescência e depois eu escrevo um post com o título "Como passar de patinho feio a cisne". Também era engraçado...
Boa noite! É a primeira vez que passo pelo teu blog, mas não podia deixar de comentar este assunto.
ResponderEliminarO que dizes a partir de "T-R-E-T-A-S!" é quase uma barbaridade. O facto de os pais permitirem que ela se vista assim não vai fazê-la interiorizar coisa nenhuma, vai fazer é com que ela viva conforme se sente e se vê. Os "padrões comportamentais de menino" não têm nada a ver. Eu fui educada como um menino, eu supostamente era um menino, mas na verdade sou uma mulher. Portanto, nada a ver.
O que dizes a seguir, já uma mistura de aspectos que não têm nada a ver uns com os outros. Ela não vai ter nenhum turbilhão de conflitos. Teria era se a obrigassem a ser de uma forma, se a abafassem, e se a contrariassem, isso sim iria criar uma série de conflitos.
E isso não tem nada a ver também com cair nas teias da droga e coisas do género.
Na verdade é muito simples: a menina sente-se um menino, ponto final. Pode ser uma fase? Pode! Mas também pode não ser.
Se for uma fase, há-de passar com o tempo, e ela pode vir a ser uma mulher, sim.
Se não for uma fase, então é um problema grave, e ela precisará de ajuda. Neste caso, ela terá desde o início toda a ajuda dos pais, o que é ÓPTIMO!! (e eu sei do que estou a falar)
Portanto, a atitude que a Angelina Jolie e o Brad Pitt estão a tomar é a melhor que se poderia ter, porque não estão a incentivar nem a contrariar/proibir a criança, e assim estão a deixá-la viver com a verdade que dela própria, segundo o que ela sente. Assim ela terá muito mais paz interior durante o seu crescimento, e poderá compreender as coisas por ela mesma e tomar as suas próprias decisões.
Pronto, era isto.
Beijos **
Andreia,
ResponderEliminarlamento informá-la mas a sua perspectiva é completamente contraditória. Pelo que escreveu e pelo que li no seu blog assume-se como "transsexual" o que significa que atravessa um conflito já que refere estar "numa luta pela minha identidade".Ora a identidade começa a formar-se nos primeiros anos de vida e, na minha opinião, o facto de ter sido educada como rapaz não deve ter sido grande ajuda. Neste sentido, acho que o que escreveu só vem confirmar o meu post. Sugiro que o releia...
Cumprimentos
Boa noite Sofia!
ResponderEliminarNão, a minha perspectiva não é contraditória. Se calhar expliquei-me mal, vou tentar esclarecer...
Eu sou transexual porque tal como a Sofia, eu tenho uma identidade feminina, nasci com um cérebro feminino. Infelizmente nasci com um corpo masculino, que não está de acordo com o meu cérebro, e por isso sofro de Disforia de Identidade de Género, que basicamente é o desacordo que existe entre o que sou interiormente e o meu corpo.
A "luta pela minha identidade" é no sentido de estar afirmar aquilo que sou perante a sociedade, que apenas vê o meu corpo.
O que eu queria dizer era que, o facto de a Angelina e o Brad Pitt deixarem a criança vestir-se e comportar-se de tal forma não vai prejudicá-la de forma alguma, nem vai fazê-la seguir este ou aquele caminho. Pelo contrário, só vai fazer com que a criança possa encontrar-se a si mesma, bem cedo, com maior facilidade, e sem problemas interiores, como aqueles que eu tive durante muitos anos devido à pressão e à obrigação estabelecidas pela sociedade (digo isto partindo do principio que não seja apenas uma fase da Shiloh).
Caso a Shiloh esteja a passar apenas por uma fase, o que não seria nada de mais, ela acabará por se encontrar a si mesma, sem dramas.
E não posso afirmar isto com toda certeza, pois sou apenas uma pessoa comum, mas há quem já tenha afirmado cientificamente que a nossa identidade sexual é determinada quando ainda estamos em gestação, e que na infância essa identidade vem ao de cima. De facto, eu aos 5 anos já sabia perfeitamente que era uma menina e não um menino, apesar do que as pessoas viam. Nada se alterou desde então. Apenas sofri por causa da pressão vinda de todos os lados, que me "obrigava" a ser um rapaz.
Não sei se consegui ser mais clara, espero que sim.
Boa noite,
Andreia.
Andreia,
ResponderEliminarjulgo que, em relação a este assunto, detemos perspectivas diferentes. No entanto, concordo consigo quando diz que pode ser uma fase e, se leu o fim do post, verá que eu digo que ela pode transformar-se uma adolescente gira assumindo portanto que esta pode ser uma altura de experimentação de papéis. A minha dúvida surge quando penso na hipótese da Shiloh ultrapassar esta "fase" e querer passar a vestir-se como menina, ou seja, espero que os pais sejam capazes de aceitar e acompanhar a sua mudança. E como já referi é quando não existe um acordo entre o que a sociedade espera das pessoas e o que elas querem que surgem os conflitos internos que muitas vezes originam comportamentos desviantes. Percebe o que queria dizer?
Obrigada e bom fim-de-semana!
Boa tarde!
ResponderEliminarSim sim, eu reparei nessa parte final do post, e tem razão. Mas lá está o que eu digo, os pais têm de manter uma postura neutra, não incentivando nem contrariando, para que a criança viva aquilo que sente. Os pais só têm de deixar todas as hipóteses em cima da mesa e manter-se atentos, para que a criança tenha essa noção e cresça de forma saudável.
Quanto à sociedade, isso já se sabe. A sociedade é preconceituosa e não está preparada para aceitar tão bem esse tipo de coisas, é um facto. As mentalidades têm de mudar, e as pessoas têm de aprender a respeitar.
Mas acredite numa coisa que lhe digo: se houver um apoio familiar, se não houver rejeição por parte dos pais, então é muito mas muito difícil que surjam comportamentos desviantes.
Quando o preconceito vem dos próprios pais e quando eles "abafam" a criança, aí sim é que ela vai ter conflitos interiores, sentir-se sozinha e incompreendida, e aí sim corre-se o risco dela seguir por maus caminhos.
Mas sim, percebo o seu ponto de vista.
Bom fim de semana!